domingo, 27 de janeiro de 2008

Para Israel, aproximação entre Venezuela e Irã abre porta para terrorismo na América Latina

BRASÍLIA - A embaixadora de Israel no Brasil, Tzipora Rimon, revelou nesta quarta-feira que o governo de seu país alertou o governo brasileiro para os riscos da aproximação entre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Segundo a embaixadora, o governo de Israel considera que essa aproximação poderá abrir a porta para a implantação de células terroristas na América Latina.

- Já compartilhamos nossa preocupação com o governo brasileiro. É preciso estar atento. Atrás dos acordos comerciais e culturais (entre Venezuela e Irã) pode haver uma influência para ações de terrorismo. E na relação entre esses dois países tem mais do que petróleo - disse a embaixadora.

Sem meias palavras, ela disse que o presidente venezuelano já deu sinais claros de que pode abrir essa porta para pessoas ligadas a atividades terroristas.

- Ele já deu declarações contra Israel e Ahmadinejad já pregou que Israel deve ser apagado do mapa.

" É preciso estar atento. Atrás dos acordos comerciais e culturais (entre Venezuela e Irã) pode haver uma influência para ações de terrorismo "

Na avaliação do governo israelense, o Irã pode vir a se aproveitar do estreitamento das relações com Chávez e outros países da região como Equador, Bolívia e Nicaragua para difundir suas idéias na região.

- A partir dessa relação (com a Venezuela), eles podem aproveitar a infra-estrutura local para usar em outras coisas. E hoje, o terrorismo internacional usa estruturas em outras regiões fora do Oriente Médio. Não podemos esquecer das ligações do Irã com o terrorismo no passado. Podemos dizer que o Hezbolah é o braço direito do Irã.

Tzipora Rimon disse ainda que o governo de seu país vê com desconfiança o relatório do governo dos Estados Unidos que afastou os riscos de o Irã ter condições de produzir hoje armas nucleares.

- Existe esse relatório, mas existem muitos outros. E esse relatório (dos EUA) não foi feito por Deus. As informações que temos é que em um ou dois anos eles terão condições de fazer isso, o que põe em risco não só Israel mas também é motivo de preocupação para outros países do Oriente Médio.

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