sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Venezuela consolida sua presença econômica na Bolívia


LA PAZ (AFP) — A Bolívia deu outro passo no fortalecimento de suas relações econômicas com a Venezuela, abrindo a Caracas a possibilidade de participar da exploração de uma imensa mina de ferro no leste do país, 50% da qual já foi concedida à empresa indiana Jindal.

Os presidentes de Venezuela, Hugo Chávez, e Bolívia, Evo Morales, assinaram domingo um acordo sobre a exploração do campo de Mutun, uma das maiores reservas de ferro do mundo, localizada em Puerto Suarez, sobre a hidrovia Paraná-Paraguai, na fronteira com o Brasil.

Morales afirmou nesta segunda-feira em La Paz que a carta de intenções assinada permitirá a exploração de 50% da mina.

A companhia indiana Jindal Steel and Power ganhou em julho passado o direito de explorar a outra metade da mina, que contém, segundo cálculos oficiais, cerca de 40 bilhões de toneladas de ferro e 10 bilhões de toneladas de manganês, e se comprometeu a investir US$ 2,1 bilhões no projeto.

"Estes recursos naturais têm que ser aproveitados para o bem da nação, e como governo temos a obrigação de acelerar não somente os investimentos, mas também a conclusão de acordos que permitam sustentar o desenvolvimento do povo boliviano", explicou Morales.

Além do acordo sobre a mina de Mutun, os dois dirigentes assinaram três outras cartas de intenção para a construção de um complexo petroquímico binacional na região produtora de coca de Chapare (centro), a instalação de duas usinas de cimento e o desenvolvimento de projetos florestais.

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