sábado, 8 de setembro de 2007

Chávez avisa contra crise energética mundial


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez Frías, advertiu, em Caracas, que há uma crise energética que está a abalar o Mundo e previu que o preço do petróleo chegará proximamente aos 100 dólares por barril.

Hugo Chávez falava no auditório do Ministério do Poder Popular para a Energia e Petróleo, também sede da empresa petrolífera estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA), durante a cerimónia de abertura oficial da III Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Petrocaraíbas, acto que foi transmitido em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país.

"O barril de petróleo encaminha-se para os 100 dólares (...), devemos preparar-nos para esses preços de 100 dólares", disse.

Segundo Hugo Chávez, a crise está a ser gerada pelo "modelo consumista e de esbanjamento sem limites" que promove os Estados Unidos. E apontou a Petrocaraíbas como "uma forma de libertação", porque surgiu "da necessidade de construir um novo espaço".

Advertiu ainda que "há forças muito poderosas que se opõem a que os nossos povos se desenvolvam" e apelou à consolidação de uma "verdadeira união" para garantir o desenvolvimento regional, ao mesmo tempo que criticou fortemente os biocombustíveis e definiu-os como agro-combustíveis.

Chávez pediu aos participantes para "debater esse tema e para que não o assumam como uma fórmula mágica", porque "é imoral que se chamem biocombustíveis".

Precisou que cada hectare de terra semeada e cultivada serve de alimento para sete pessoas durante um ano, "mas pode apenas alimentar um veículo durante 12 meses".

"Agora vem o império impor- -nos a sementeira do milho, mas não para alimentar os nossos meninos (...) e sim para alimentar automóveis. Que pensem bem nisso os que andam a apregoar o tema dos biocombustíveis como grande solução", enfatizou.

Por outro lado, defendeu que "se a Petrocaraíbas passar a ser um corpo robusto as Caraíbas não deverão ter problemas (energéticos) neste século nem no futuro". "Vamos partilhar a riqueza como Cristo partilhou o pão e os peixes", disse.

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