quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Chávez nega pressão sobre Congresso Brasileiro


CARACAS (AFP) — As supostas pressões exercidas pela Venezuela sobre senadores brasileiros, para que seja aprovada a entrada do país no Mercosul, são parte de uma campanha negativa dos Estados Unidos, denunciou neste domingo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em seu programa semanal "Alô Presidente".

"É a mão do império (Estados Unidos) que move outra vez a grande imprensa, a principal arma que o imperialismo tem atualmente para evitar nossa união", disse Chávez.

O presidente negou ter feito declarações para pressionar o Senado brasileiro durante sua visita ao país, na quinta-feira, na cidade de Manaus.

"Não dei um pio sobre isso nem falei nada sobre o Congresso do Brasil em Manaus".

Senadores de diversos partidos brasileiros ameaçam vetar a entrada da Venezuela no Mercosul, ao classificarem como ofensiva uma declaração de Chávez, que disse que a Venezuela não "irá se arrastar nem implorar para entrar no Mercosul".

O Senado do Brasil deve aprovar o ingresso da Venezuela até dezembro, prazo fixado pelo presidente da Venezuela.

"Alguns senadores do Brasil voltaram a dizer que 'Chávez é um tirano, um ditador', mas são os senhores que estão dizendo isso", destacou o presidente da Venezuela.

Chávez criticou ainda o senador Tião Viana (PT), que o chamou de "louco".

"Eu rio dessa situação, mas no fundo me dá tristeza, pela pessoa que deu essa declaração e pelo cargo que ela ocupa".

Chávez e o Senado brasileiro trocam farpas desde junho, quando o presidente chamou os senadores de "papagaios que imitam os Estados Unidos", referindo-se ao caso do canal de oposição RCTV, que teve sua licença não renovada por decisão de Chávez.

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