segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Colômbia e EUA são "campeões mundiais do narcotráfico", diz Chávez

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste sábado que as autoridades dos Estados Unidos e da Colômbia são os verdadeiros "campeões mundiais do narcotráfico", mas que acusam as da Venezuela, e ele pessoalmente, para "se esconderem".

Os dirigentes dos dois países "administram todos os mecanismos financeiros ilícitos", mas acusam a Venezuela "de ser um paraíso para o narcotráfico e o terrorismo" como uma forma de pretender "lavar as mãos e de se esconder", afirmou Chávez.

A acusação do presidente, durante uma reunião pela fundação do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), aconteceu um dia depois de o governo assegurar que, durante a gestão do presidente dos EUA, George W. Bush, a distribuição e o consumo de drogas naquele país triplicaram.

Isso foi possível, segundo uma nota do governo venezuelano, graças à "cumplicidade" de funcionários de Washington.

O governo de Chávez respondeu assim ao embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, William Brownfield, que afirmou na sexta-feira que a quantidade de drogas que passa pela Venezuela "multiplicou por 15" desde 2002.

"O governo venezuelano rejeita energicamente as acusações do tristemente célebre ex-embaixador dos Estados Unidos na Venezuela", que desta forma evidencia "a agressividade irracional" que atribui à "fase terminal" do governo Bush, que "insiste em atacar da Colômbia o governo e o povo" da Venezuela.

Ele acrescentou que o governo de Chávez "não permitirá que os Estados Unidos, principal causador da praga do narcotráfico internacional, aponte a Venezuela como culpado de vícios gerados pela decomposição social e a corrupção moral a que conduz o irracional modelo de organização sócio-econômico do país."

Chávez disse que as declarações de Brownfield se somam "às agressões" que outros funcionários americanos lançaram contra a Venezuela da Colômbia" em janeiro, entre eles "o fracassado Czar Antidrogas, John Walters, e o chefe de Estado-Maior, Michael Mullen".

"O governo venezuelano pede às autoridades colombianas que solicitem aos funcionários do Governo dos Estados Unidos presentes na Colômbia que suspendam seus sistemáticos ataques e ofensas, da Colômbia, contra nosso país", afirmou.

O embaixador da Colômbia na Venezuela, Fernando Marín, recebeu hoje da Chancelaria venezuelana uma "observação verbal" pelo silêncio de Bogotá diante das declarações de funcionários americanos contra a administração de Chávez, segundo a imprensa.

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